O preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi 1492 euros por metro quadrado no terceiro trimestre do ano passado. Crescimento homólogo abrandou face ao período de Abril a Junho.
Entre o início de Julho e o final de Setembro do ano passado, o preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi 1492 euros por metro quadrado, o que traduz um crescimento homólogo, face a igual trimestre de 2021, de 13,5%. Contudo, o desempenho representa um decréscimo, em cadeia, de 0,1% face ao segundo trimestre de 2022, período em que a variação homóloga havia sido de 17,8%.
O preço mediano da habitação aumentou em “todas as 25 sub-regiões NUTS III, com excepção da sub-região Viseu Dão Lafões”, onde houve uma diminuição de 4,8%, para 709 euros por metro quadrado (m2), revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quinta-feira.
Os preços medianos mais elevados continuam a verificar-se no Algarve (2378 euros por m2), Área Metropolitana de Lisboa (2156 euros por m2) e Área Metropolitana do Porto (1660 euros por m2). Nestas três sub-regiões, as taxas de variação homóloga foram positivas em 13,8%, 16,1% e 20,4%, respectivamente.
Segundo o INE, estas três regiões apresentaram igualmente “os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (2232 euros por m2, 2128 euros por m2 e 1650 euros por m2, respectivamente) e estrangeiro (2854 euros por m2, 3511 euros por m2 e 2292 euros por m2)”.
Na Área Metropolitana de Lisboa, registou-se ainda a maior diferença entre o preço mediano das transacções efectuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: foi uma diferença de 1383 euros por m2.
“Tal como em anteriores trimestres, o Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (492 euros por m2)”, refere o INE.
Os preços das casas em 12 dos 24 municípios portugueses com mais de 100 mil habitantes diminuíram face ao trimestre homólogo, “destacando-se com decréscimos mais acentuados que o registado no país (-4,3 pontos percentuais), Guimarães (-8,3 p.p.), Porto (-6,5 p.p.), Cascais (-4,8 p.p.), Leiria e Loures, ambos com -4,6 p.p. e Braga (-4,4 p.p.).
Em contrapartida, a taxa de variação homóloga entre o segundo e terceiro trimestre subiu em 11 municípios, com destaque para “Maia (+12,7 p.p.) e Matosinhos (+12,1 p.p.)”.
No caso de Lisboa, houve uma “ligeira aceleração” de 0,7 pontos, assinalou o INE, que aponta os municípios com mais de 100 mil habitantes como aqueles que permitem aferir “as tendências mais recentes do mercado de aquisição de habitação”.
PÚBLICO / 02-02-2023